terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Mais Que Amor

  # ALGUNS TRECHOS ESTÃO COM A FONTE MUITO GRANDE OU MUITO PEQUENA, NÃO CONSIGO ARRUMAR, DESCULPEM #

  Cheguei na tarde do dia anterior, o lugar estava tão bonito quanto eu me lembrava, o palco pequeno, montado próximo a cozinha que tem uma frente colorida, de costas para o estacionamento cada vez mais cheio. Ali estava acontecendo um festival de fim de ano e como era de se esperar, fazia bastante calor, eu vestia um short e uma camiseta longa.
  Naquelas poucas horas, conheci muitas pessoas diferentes, ouvi histórias e músicas, reencontrei alguns amigos que não via ha tempos e bebi.
  Na hora do almoço o clima me fez perder a fome, tomei apenas um banho frio para me refrescar e vesti uma saia, combinada com minha regata branca,  depois me abriguei na sombra em frente ao palco, com algumas pessoas. Ficamos ali conversando com o cigarro entre os dedos.
  Não sabia que horas ele chegaria mas sabia que não iria demorar, não conseguia evitar de ficar olhando para o portão, imaginando em que momento veria sua figura o adentrando.
   Desde que sentei ali, não demorou muito para que enfim chegasse, o vi descer do carro e entrar com uma bolsa nas costas. A vontade que tive foi de correr e abraça-lo, mas por não achar que esse desejo seria correspondido, me contive e contentei em ve-lo de longe e sorrir, não só por dentro mas por fora.
  Não evitei o sorriso que veio ao enxerga-lo. Lindo como sempre, já chegou rindo e sorrindo, indo de encontro a seus amigos. 
  Algumas noites atrás eu comentei sobre sua beleza e sobre o quanto meu coração não aguentaria ve-lo iluminado pela fogueira ou pela Lua. Apesar de durante o dia fazer muito calor, a noite as temperaturas caíam e todos se reuniam em volta do fogo.
  Levantei e fui ao seu encontro, tentando não demonstrar muita animação o abracei e beijei seu rosto, depois voltei para a sombra, teríamos tempo ainda.
  Passei a tarde o vendo apenas de longe, aproveitei o evento, assisti as apresentações, participei de diversas oficinas e visitei uma trilha.
  Ao entardecer o tempo já estava mudando, troquei a saia e a regata por uma calça não muito grossa e um casaco, depois de tomar outro banho. 
  A noite finalmente chegou, o luar dava um efeito bonito nas nuvens e as 22hr, estávamos a maioria um pouco altos. A música estava ótima, uma banda já tinha subido ao palco e outra se aprensentava naquele momento.
  Desencontrada das pessoas que foram ao evento comigo, continuei ali sentada porém não tão próxima, estava de olhos fechados com uma canga rosa sobre as costas, curtindo não apenas a música mas também os risos a minha volta. Não sei se foi o álcool, a erva ou até o local mas uma sensação de calmaria me tomava.
  Quando tocaram sua última música, despertei para o meu redor, abri os olhos e decidi procurar rostos conhecidos, saí debaixo da tenda e andei até a fogueira. De um lado avistei algumas pessoas que conheci mais cedo e do outro estava ele, aparentando estar tão entorpecido quanto eu.
  Não estava a conversar com ninguém, apenas seus olhos castanhos que refletiam o fogo e pareciam sem direção.
Sem pensar duas vezes me aproximei, os pés descalços na grama fria não eram incômodo.
  Parei em pé atrás dele que estava sentado e não me percebeu. Ainda em pé abaixei a cabeça na altura da sua, inclinando meu corpo para frente, deixei meu cabelo cair sobre o seu e lhe dei um beijo próximo a testa, meio sem equilíbrio.
  Ele ergueu o rosto e me olhou, nos fitamos por alguns segundos, entao sorriu e disse para que eu sentasse ao seu lado e o fiz. Sentei ao seu lado mas me sentia hipnotizada, não conseguia dizer uma palavra que fosse, fiquei parada o olhando sorrir e sorrindo de volta, pensando em mil coisas e não sabendo expressa-las. Apenas o abracei e demos uma risadinha, me abraçou de volta e nos soltamos, começando uma conversa. Eu amo o ver falar, seus olhos como de criança e a voz suave me são agradáveis, sua expressão empolgada lhe davam um ar de inocência que me atrai ainda mais. 
  Olhei para sua boca desde o primeiro instante, tão pequena, rosada e com um formato que parecia desenhada. Coloquei a mão em seu rosto e o vi parar de falar no mesmo instante, me olhou nos olhos e não hesitou quando me aproximei ainda mais. Sem pensar o beijei, deixando cair a canga que estava em minhas costas. Com os sentidos aguçados pela bebida, pude sentir nossos corpos extremecerem juntos, naquele beijo que já durava alguns minutos, com algumas pausas para entreolhares. 
Sentia suas mãos me puxando mais para perto e eu desejava aquilo, desejava senti-lo, não só suas mãos mas todo seu corpo. Nossas respirações já estavam ofegantes e minhas mãos desceram por suas costas, o que nos aquecia naquele momento não era mais o fogo. Mas ainda estávamos próximo a fogueira, ainda haviam pessoas por perto e não podíamos continuar ali. Até quis ignorar e que continuassemos mas não seria agradável para quem estivesse perto.
  Demos um último beijo e nos levantamos, recolhi o pano que deixei cair e saímos. A maioria das pessoas estavam curtindo o show ou se aquecendo, então pudemos sair ser sermos percebidos. Não sabíamos para onde estávamos indo, apenas caminhamos pela grama, para longe de todos.
  Acabamos por ir para próximo de minha barraca e ficamos ali parados sem nos sentarmos. Ele novamente me puxou e voltou a me  beijar, dessa vez com mais calor do que antes, não parecia se contentar em tocar minha cintura e eu também não queria tocar apenas suas costas por cima das roupas.
  Novamente com as respirações ofegantes, nos beijavamos calidamente e pude sentir seu sexo já teso que encostava em minha coxa, meus pés tentavam achar uma altura em que minha vagina pudesse encosta-lo. 
  Quando suas mãos desceram para minha bunda, era hora de nos reservarmos. Convidei-o para que nos abrigassemos dentro da pequena barraca, onde só havia um colchão e minha mochila de roupas.   Entramos e fechei o zíper, enfim a sós. Nos olhávamos com desejo, dessa vez livres de olhares de fora, eramos apenas nós, eu e ele. Sentado, sentei-me em seu colo com as pernas abertas, de frente para ele, com os joelhos no chão, segurando seu rosto e abaixando um pouco a cabeça para beija-lo. O encaixe era perfeito, nossos corpos se atraíam e já começavam a suar.
  Agora eu já podia sentir seu sexo encostando no meu, ainda que sem contato direto, sentia ficar mais molhada a cada segundo. Ele jogou seu corpo para trás e o meu, eu estava sobre ele agora, comecei a beijar seu pescoço enquanto esfregava meu corpo no dele, o sentia arrepiar e ergui os braços para que pudesse tirar minha blusa. Naquela noite eu não estava usando sutiã, então fiquei nua da cintura para cima. Ainda de joelhos sobre seu corpo, fiz o mesmo, tirei sua camiseta e o deixei em parte despido. Sua pele branca com algumas pintas, deixava levemente aparente suas costelas, magro que era, então me puxou e jogou nossos corpos para o lado, ficando de frente para mim, me olhando fundo nos olhos até onde era possível, já que não estávamos em um ambiente muito iluminado. Minha calça era de um tecido fino e maleável, o que facilitou o que veio a seguir. A mão passeou minhas coxas e subiu, o senti apalpando meus mamilos e depois descendo em minha barriga, entrando em minha roupa e acariciando minha vagina, primeiro por cima da calcinha e depois por dentro. Seus dedos deslizavam fácil, já que estava muito excitada, os suspiros já quase eram gemidos baixos, seu indicador me penetrava junto com o médio.
  Depois de alguns minutos assim, parou e terminou de tirar minhas roupas, eu que já estava sem minha blusa, agora estava completamente nua. Voltei para cima dele e nem o chão duro era um problema, beijando e lambendo seu pescoço, desci por seu peito, pela barriga, deixando que meus seios se encostassem pelo caminho, dei uma pequena pausa na altura do umbigo, apenas do tempo de abrir a fivela de seu cinto,  segui beijando sua barriga cada vez mais para baixo e tirando suas roupas ao mesmo tempo, passada do joelho, terminei de tirar suas calças e sapatos. Estávamos completamente nus. Minha língua passava suavemente por sua glande e percorria seu pênis de baixo para cima e de cima para baixo, com movimento lentos, depois o coloquei inteiro em minha boca e o chupava com vontade. Sentia as mãos que puxavam meu cabelo e empurravam minha cabeça, seu corpo se contorcia e a respiração rápida e alta o entregava. 
  Subitamente o vi se levantar e estar novamente sentado, me erguendo e beijando, já indo com seu corpo para cima do meu e fazendo o mesmo que fiz há alguns minutos, desceu por minha barriga até chegar em minha vagina e senti sua língua quente enquanto eu escorria,  a respiração ofegante já se tornara gemidos baixos e meus dedos entrelaçavam-se ao cabelo dele, que me penetrava com o dedo e com a língua em movimentos rápidos me deixava em estado de ecstasy.
  Mais do que seu corpo, eu podia sentir sua energia, o sentia vibrar no mesmo ritmo que eu e nossas epidermes que arrepiavam ao se avizinharem.
  Quando ele parou e voltou a colocar seu corpo sobre o meu, pude sentir seu sexo ereto encostar no meu, nos olhamos nos olhos e sabíamos que era o que queríamos fazer. Nos encaixamos e senti ser penetrada, os gemidos já não eram baixos e minhas unhas marcavam suas costas, nos beijavamos e sentia seu pênis que entrava e saía de mim com força, em movimentos rápidos e depois lentos, quando eu não parecia mais aguentar. Nossos corpos suavam e se desejavam intensamente. E aquela com certeza foi a noite da minha vida, ainda que não da melhor forma mas com a melhor pessoa que poderia ter sido, no momento mais bonito e mais do que sexo, naquela noite fizemos amor, fizemos carinho, mais do que desejo carnal, foi com a alma, seu corpo penetrou o meu e seu ser adentrou o universo em mim. 
Depois de algumas horas ali nus e abraçados, nem mesmo dormimos, ficamos nos acariciando, olhando, o mundo não importava naquele momento, nem se alguém estava nos procurando. Mais do que transado, havíamos nos entregado.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Vem

   Eu te entendo menina, sei que já te machucaram.
  Quantas vezes teve o coração partido nessa vida?
  Me dê as mãos, vamos viver um amor clichê, viajar o país ou até o mundo, subir as mais altas montanhas e te juro que apenas com o Sol como testemunha te peço em casamento.
  Aceita meu convite pra correr comigo na praia enquanto te fotografo com os olhos, deixa eu te amar sob o luar, te fazer sorrir com as estrelas nos observando.
  Vamos nos tornar um só e suar com as luzes acesas. Me da a certeza de que não errei em insistir até aqui. 
Posso estar ao seu lado nos momentos ruins? Me deixa te fazer feliz mas secar tuas lágrimas se elas insistirem em vir. Prometo estar aqui pra abaixar tua febre, compreender os dias ruins e te encher de beijo quando precisar desfazer tua cara fechada.
Vem...

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Quem É Você?

  Quem é você, garoto que me encoraja a amar de forma tão descarada?
  Quem é você que vem e que some?
  Me faz apagar esses cigarros a noite, perdendo o sono como quem não sabe o que quer.
  Diz quando poderei mergulhar nesses teus olhos verdes e fotografar-lhe a alma.
Seja meu refúgio nos dias de chuva, minha morada preferida no tempo que passo nessa cidade.
  Vem dançar comigo, vamos sonhar e sorrir, aqueça-me em um abraço e vibremos como o fogo.
  Deixa meu eu aproximar-se do teu, arrepia, faz arrepiar, sua, se entrega, entrega na medida que recebe enquanto nossas almas conversam, se reconhecem e se tocam.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Pra Ela

  Evitei mas você me conhece, meus finais precisam de um grande drama, daqueles que marcam e te fazem pensar. Aqui estou eu mais uma noite te escrevendo, apenas mais uma carta de despedida, aliás, tantas vezes já me despedi que nem posso prometer que essa será a última. Ouvi aquela música jurando que não estava pensando em você, mas isso já é pensar... Adiei essas palavras não sei ao certo o porquê, talvez tivesse medo de magoa-la, sem notar que você nunca se colocou em meu lugar. Essas foram suas mentiras, até mesmo as mais singelas risadas.

domingo, 18 de dezembro de 2016

Você É Sorte Grande

Você é sorte grande
Me vem com esse olhar desconcertante
Sorri
E como sorri
Colore minh'alma
Encalma
Tu é armadilha da vida
Que me faz doer a cada partida
Me vem com essa voz suave a dizer "bom dia"
Sem saber fazendo uma falta que judia
Que covardia da vida te mostrar pra mim
Sabendo que afogo minha saudade em garrafas de Gin
Tão gostoso como dia de chuva
É passar horas contigo
Do teu abraço fazer abrigo

sábado, 17 de dezembro de 2016

Riina

  Hoje o dia fez questão de me lembrar você, de me lembrar da nossa amizade e do quanto foi bom. O dolorido é que não posso te ligar pra matar essa saudade, ou talvez eu até possa, mas será uma eterna caixa postal, até que um dia o telefone chame e alguém atenda pra dizer "comprei esse número faz pouco tempo, não tem ninguém aqui com esse nome". Se eu pudesse hoje te dizer algo, diria que amo você e o quanto me arrependo por não ter aproveitado melhor o nosso tempo, mas como disse uma vez pra mim, você sabia que eu me importava e isso me consola.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

A Tua Essência

Lembrando do teu sorriso, sorrio
Tudo parece fluir
Como as águas de um rio
Com um ar de criança
Teu sorriso dança
O ar de inocência
A tua essência
Que me desmonta
Que me agrada
Me deixa feliz
Olhando pro nada
Mas pensando em tudo
Querendo ao teu lado
Fazer o futuro
Querendo em você desmanchar
E ao teu ser me misturar

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Amar Alguém Com Depressão

  Amar alguém com depressão é tomar dor para sí, compreender o quão profundo pode ser um sentimento a ponto de faze-lo querer carregar nas costas o mundo de outro ser.
  Refletir o quanto o mundo está desastroso e mesmo não se achando mais merecedor, fechar os olhos e desejar forte que a dor fosse sua e não de seu amado, só para que ele não precisasse mais sentir aquilo.
  Tentar dormir mas se pegar 01hr da madrugada olhando para o teto e refletindo sobre as razões que levam alguém a sentir o desejo de interromper a vida. Pensar, pensar, pensar e não encontrar uma solução, sendo tomado por uma sensação total de impotência.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Meet You Is Reborn

To meet you is to be reborn
Undo me
And recognize
Lifes better understand
For a moment
Do not dive into discouragement
Energy that is contagious
You take me apart
Affront
Like who says I should face
Stop running away when came across
With the pains
And bitter tastes
Teach me
Not to be afraid
That i need to be brave
Because life is wonderful
It's up to me
Could have met so many other people
In all my acts
But you're here now.
That so early does not go away

Já te Conhecia

  Eu já te conhecia muito antes de nossa primeira conversa, mesmo nunca tendo o visto de longe, sem saber teu nome e existência. Minha alma sabia da tua e te procurava, enlouqueceu ao reconhecer-lhe, forte como tempestade ansiou para que se tocassem.
  Tempestade essa que levou as folhas secas, derrubou das árvores ninhos velhos e abandonados, desenterrou raízes e carregou para longe tudo que sólido não era. Que aguou flores quase mortas, lavou a terra e por fim trouxe o mais bonito arco-iris.

Recordações

  Recordo-me com perfeição, eu e você naquele quarto pouco iluminado, apenas o suficiente para que eu pudesse guardar a imagem do teu corpo nu junto do meu, me fazendo arrepiar e estremecer com as pernas já bambas,os seus olhos que estavam vermelhos fazendo o verde da tua íris perder a nitidez, mas que nem por um segundo pararam de conversar com os meus. Lembro bem do cabelo loiro que caía cobrindo parte do rosto, este que gravei com o tato ao passar as mãos que viajaram da nuca ao queixo, da testa ao nariz, conhecendo cada traço.
  A expressão é fresca em minha memória, tua boca entreaberta, as sobrancelhas pouco carregadas levemente arqueadas, acompanhadas estavam de uma respiração ofegante e descompassada como a minha.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Kaleidoscopic


Compromising
In my mind
Resplendent universe
Flowing
It dissolves
With wit
Real sensation
Of freedom
In trance
At a Glance
Myself out of reach
Almost palpable
While admirable
The smile
Mirror of Paradise
That lives in me
The surrounding becomes non-existent
At every moment
Fast movements
Disassembled buckets
Feelings raised
Exaggerated
Quiet mouth
Body shouting
Already tiring
But without the slightest desire to stop.



Translation: Dominick Park

Com a Força de um Leão

Ao olhar pra essa moça
De ar tão sereno
De repente me vejo ficar tão pequeno
Tão linda, tão bela
Que mal posso imaginar
Cada dor carregada por trás desse olhar
Com a coragem de um leão
Seu eu em ascensão
Talvez com medo
Queira que Deus a ouça
Que lhe dê sempre a força
Pra que não deixe de ser assim
Sempre disposta a ir até o fim
Pela noite chorada
Que seja recompensada
Por não desistir
Mesmo sendo difícil
Não deixar de sorrir
Sempre levantar a cabeça
Por mais impossível que pareça

You Are Poetry

I do not create it
Poetry is you
It is in every trace
Even in the fatigue face
In the eyes
In your long hair
The excited voice
In my mind embroidered
Your posture has poetry
Before inhibited
Now Transcribed
With a pencil
For a soul that sees you
Even exacerbates
Just to do not let it go
This inspiration
An eternal state of gratitude
By the indrisos
Inspired by your silly smiles



Translation: Mauro Soprana

Eu Que Vi


  Eu que vi beleza no teu sorriso e profundidade em teus castanhos. Que tirei poesia das tuas formas. 
  Não que ti não seja um universo inteiro que eu queria descobrir, mas mais lindo que você é aquilo que pude sentir.


domingo, 11 de dezembro de 2016

Encontrar-te é Renascer

Encontrar-te é renascer
Desfazer-me
E reconhecer
A vida melhor entender
Por um momento
Não mergulhar em desalento
Energia que contagia
Tu me desmonta
Afronta
Como quem diz que devo encarar
Parar de fugir ao me deparar
Com as dores
E amargos sabores
Me ensina
A não ter medo
Que preciso ser corajosa
Porque a vida é maravilhosa
Só depende de mim
Poderia ter conhecido tantas outras pessoas
Em todos os meus atoas
Mas você está aqui agora
Que tão cedo não vá embora

sábado, 10 de dezembro de 2016

Você é Poesia

Eu não a crio
Poesia é tu
Está em cada traço
Até na cara de cansaço
Nos olhos
Nos teus cabelos longos
A voz empolgada
Em minha mente bordada
Em tua postura tem poesia
Antes inibida
Agora transcrevida
Com um lápis
Por uma alma que te enxerga
Até exacerba
Só pra não deixar escapar
Essa inspiração
Um eterno estado de gratidão
Pelos indrisos
Inspirados nos teus mais bobos sorrisos

Bruna

  Gosto do seu toque mas ainda é nela que penso todas as noites antes de dormir. Ainda há uma série de músicas que pulo na playlist, porque é dela que eu lembro quando tocam e não queria precisar te escrever isso agora. 
   Não querendo ser injusta com você e também não querendo mentir para mim, amo o verde dos seus olhos porém é no castanho dos olhos dela que mergulho no auge de minhas loucuras. 
   Veja só, é a primeira vez que te escrevo e cá estou te falando... Dela. Talvez devesse me justificar e tentar dizer que o coração não escolhe essas coisas, dentre tantas outras frases clichês mas a única justificativa é simplesmente que eu a amo.
   Não peço perdão por algo tão lindo, só porque as vezes é difícil de lidar com isso, mas... O som daquela risada ainda ecoa nas minhas lembranças. Não estou te deixando pra viver algo impossível, só não posso estar aqui por inteiro mesmo que adoraria.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Te Reescrevo

  Aqui posso abusar do teu anonimato. Te escrevo, transcrevo e reescrevo da maneira que bem entendo. Em minhas memórias mergulhar e para elas criar finais perfeitos com você os protagonizando.
  Nessas linhas posso te ter para mim. 
  Com os olhos fechados e a cabeça no travesseiro, posso viajar nesse indisponível mundo de possibilidades no qual podemos ser um para o outro.
  Me dou a permissão para que meus desejos vão além, quando na calada da noite me toco como se fosse você e depois ponho-me a chorar, sem saber bem ao certo o porquê.

Moça, em um dia chuvoso...

  Moça, ali naquele tubo, em um dia chuvoso encontrei sua cartinha de amor. Ela estava molhada e caída em um canto, as letras em tinta de caneta azul estavam um pouco borradas e uma parte rasgou quando abri, devido ao papel amolecido pela água.
   Não sei que histórias essas poucas palavras carregam, nem porquê o moço a perdeu, não sei se foi falta de cuidado ou de interesse, mas me alegra o coração saber que nesses dias tão nublados, alguém ainda se da ao trabalho de escrever além de uma rede social. Espero que o amor descrito seja recíproco e que depois dessa, muitas cartas venham e que não sejam perdidas como essa foi.  
 
    
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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Não Mais Querer

  Aconteceu e não consigo me recordar ao certo como.
  Por anos quis beija-lo, abraça-lo e que entrelaçássemos os dedos.
  Acreditava que seria tão intenso porém não foi. Na verdade não passou de uma despedida, ao invés de início era apenas o fim, o fim de um sentimento tão bonito que ha anos nasceu e desde o primeiro segundo passou a morrer.
  A Lua estava bela, o lago refletia o céu sem estrelas e as árvores a sua volta, tudo como imaginara desde sempre.
  Aquele beijo vazio em meio a uma paisagem tão linda, confirmou apenas o que ja sabia, quando seus lábios quentes encostaram-se nos meus, tive a certeza de que não mais queria sentir amor.
  Meu corpo dormente e o álcool não me permitem lembrar do sabor que sua língua levava, nem da intensidade com que meu coração batia. Apenas sei que agora estou pronta para ir embora, para dar-lhe as costas e seguir. Nasci para ama-lo mas não para pertencer-lhe, não sou para ele e ele não é para mim.

Em Tua Memória

  Esse fim de semana não lembrei de você, passei com alguns bons amigos, entorpecida.
  Descumpri a promessa que fiz de te lembrar todas as vezes que olhasse para o céu, perdão, ao olhar para o alto via as nuves girarem como todo o resto a minha volta e não lembrei do teu rosto, apenas pensei o quanto precisava de um café forte para curar aquela ressaca.
  Os sorrisos foram sinceros, os vazios também, a bebida barata me deixou atordoada por dias mas deixou descansar o coração que há semanas doía.
  Na volta para casa muito te enxerguei, em traços rústicos, te encontrei em rostos desconhecidos.

Diário

Fiz teu corpo de diário
Nele registrei meu carinho
A vontade que havia de tê-lo
A excitação que senti ao toca-lo
O arrepio na epiderme ao avizinhar-se a tua
Registrei em tua pele branca meu amor sem fim.

💌.

Por Inteiro

   Não sei de onde você veio, desconheço os lugares por onde passou e as pessoas que passaram por sua vida. Não sei as razões para tanta tristeza nem tudo que tanto te machuca. Só o que sei é que me interessa, cada pedacinho teu eu quero conhecer, quero que compartilhe comigo os sorrisos sinceros mas também o choro desesperado, poder rir contigo mas poder te dar um abraço quando precisar.
   Eu te quero mas não pela metade, quero teus costumes mais estranhos, as vontades e pensamentos absurdos, capturar até os sorrisos mais sem graça e ouvir sobre suas dores. Quero ouvir as reclamações e as paranóias, as histórias felizes e as boas idéias.

Rafael

  Naquela semana eu estava ansiosa, já estávamos conversando há alguns dias e queria que chegasse logo o fim de semana para vê-lo. Alguns amigos tinham marcado uma festa que aconteceria no sábado e lá eu o encontraria.
  Não sei dizer ao certo porque mas pensei muito naquele garoto nos dias que pareciam passar lentamente. Todas as manhãs lhe dei bom dia e todas as noites desejei que dormisse bem.
  Era estranho estar com alguém no pensamento que não fosse a garota para quem passei meses escrevendo e desejando, ainda assim era uma ótima sensação.
  Apesar de tê-lo conhecido há quase um ano, confesso não ter reparado antes em sua beleza, não ter prestado atenção em seu belo cabelo loiro, longo e ondulado, nem nos olhos castanhos que se perdem entre as inúmeras sardas em seu rosto, ou mesmo na boca pequena que apresenta um sorriso doce e tão bonito. Se quer notei a graça contida em sua pele clara e no riso sincero.
  Ele tem um jeito singelo de ser, conversávamos até a madrugada e parávamos quando o sono vencia um de nós dois.
Poucas conversas e eu ja lhe escrevi uma breve poesia, a idéia veio depois de alguns comentários de uma amiga, que me inspiraram. Tive medo de que isso o assustasse, que fosse mal interpretado mas não aconteceu. Pude mostrar meus devaneios sem que ele os estranhasse, ou se estranhou, nada me disse a respeito.
  Enfim chegou o sábado, aquele dia em especial pareceu passar mais devagar que os anteriores, fazia calor e eu estava trabalhando, não via a hora de meu expediente chegar ao fim, para ir pra casa e depois encontrar o amigo que iria comigo até o lugar onde aconteceria a tal festa.
  Em casa, depois de inúmeras tentativas frustradas de dar um jeito no meu cabelo e de tirar todas as roupas possíveis do meu  guarda-roupas, decidi usar meu vestido azul e o cabelo preso num coque alto.
  Saí por volta das 19hr e fui ao encontro de meu amigo. Agora além de ansiosa eu também estava nervosa, o momento de encontrar o menino com quem passei a semana conversando, estava se aproximando.
  Não sei se foi minha ansiedade ou se a distância era realmente grande, mas de fato o ônibus parecia nunca chegar ao seu destino. Fui o caminho todo conversando com a pessoa que estava comigo. Um dos assuntos foi a moça que mencionei anteriormente mas não, aquela noite definitivamente não tinha a ver com ela, nem teria.
  Demoramos um pouco para encontrar a casa certa, quando enfim encontramos, fomos entrando e nos direcionando para os fundos, onde ficava a piscina e de onde podia-se ouvir gritos e música alta.
"Festa estranha com gente esquisita", nenhuma frase descreveria melhor aquele momento. Na verdade até pareciam duas festas distintas acontecendo no mesmo local. De um lado alguns conhecidos meus bebiam, fumavam e conversavam, aparentando estarem tão desconfortáveis quanto eu. Do outro lado, em maioria, pessoas que nunca tinha visto antes, meninas de biquíni, dançando, rapazes sem camisa, todos visivelmente longe de seu estado normal.
  Próximo ao portão por onde entrei, o vi sentado em frente as mesinhas de cimento, junto com as pessoas que conheço. E agora? Eu deveria ir falar com ele, não parecia ter pensado nisso antes. Pouco desconcertada cumprimentei rapidamente algumas pessoas e me dirigi para a cozinha, onde estavam as bebidas.
  Me servi de um copo de vinho barato, queria ficar um pouco fora do ar, talvez pra esquecer algo ou quem sabe quisesse sentir-me desinibida para ir até lá e conversar com ele.
  Peguei meu copo e voltei para onde estava, agora eu não podia mais fugir, o cumprimentaria deixando a vergonha de lado ou fugiria e toda a espera teria sido a toa.
  Cumprimentei-o ainda sem jeito, daí em diante as coisas pareceram acontecer como deveriam. Sentei ao seu lado também em frente as mesas, acendi um cigarro e ficamos conversando ali, entre goles e tragos.
  Passado um tempo, quando vi estávamos sentados a beira da piscina, só decidimos levantar dali quando alguém entrou na água, começando a joga-la para todos os lados e ficamos em pé de frente um para o outro, não longe de onde estávamos antes. Em meio as palavras dele, o abracei, sem mais nem menos, apenas porque senti vontade. Insegura sobre dever ou não, o interrompi com um abraço e depois voltamos a nos sentar.
  Um pouco mais de conversa jogada fora e ele me beijou no rosto, virei-me e então aconteceu, nos beijamos. As borboletas em meu estômago pareciam estar desesperadas para sair, sentia sua língua quente encostando na minha e suas mãos grossas que puxavam meu corpo para mais rente ao dele.
  Quis poder fazer com que aquele momento nunca acabasse. Estávamos ali nos beijando, o beijo pelo qual eu tinha esperado.
  Afastei o rosto e deitei a cabeça em seu ombro, sem saber que reação deveria ter depois daquilo, apenas demos as mãos e em um abraço, fiquei olhando para o nada, tentando não abrir um sorriso.
  O ambiente não estava exatamente divertido, ele e os amigos queriam ir embora. Não querendo me separar dele, perguntei se poderia ir com eles e fui.
  Não sabia como aquele garoto ainda poderia ser melhor. Chegando na casa onde ficaríamos, eu estava indisposta, já com muito sono e sem a mínima vontade de ingerir uma gota de álcool que fosse.   Eles falavam de assuntos que eu não conhecia e me senti um pouco deslocada mas isso não importava de verdade.
Fiquei sentada no sofá observando cada movimento dele, a forma como ria, o jeito de andar, a voz, a fala... Tudo parecia se encaixar perfeitamente.
  Alguns momentos ele parava ao meu lado, já com os olhos vermelhos e parcialmente fechados, me beijava com o gosto de álcool na boca e o cheiro de cigarro já preso nas roupas, o que não me incomodava em nada.
  Cada toque dele era único, cada beijo era como se fosse aquele primeiro dado ainda na festa.
Uma hora fui levada para casa e ao se despedir a última coisa que me disse foi "até a próxima".
  Talvez essa história não tenha o desfecho que provavelmente está sendo esperado por quem a está lendo, mas depois dessa noite, na qual dobrei a esquina de casa olhando para o céu sem estrelas ou luar, sorrindo e quase girando, passamos a nos falar menos, para quem sabe não nos falarmos mais.
Aqui estou contando essa história em 6 páginas de texto, esperando que em algum momento ele possa me ver como eu o vejo e não ser condenada por ser tanto, sentir tanto e querer demais.

Caleidoscópico

Transigente
Em minha mente
Universo resplandecente
Que flui
Se dilui
Com sagacidade
Verdadeira sensação
De liberdade
Em transe
De relance
Meu eu fora de alcance
Quase que palpável
Enquanto admirável
O sorriso
Espelho do paraíso
Que habita em mim
O redor torna-se inexistente
A cada momento alente
Movimentos rápidos
Cubos desmontados
Sentimentos alçados
Exagerados
Boca calada
Corpo bradando
Já cansando
Mas sem a mínima vontade de parar.