Já não estava um pouco embriagada, além disso, transcendendo meu eu, as imagens borradas, os sons distorcidos e apenas um pensamento.
Ele estava sentado ao meu lado, tateei seu rosto e nesse momento o vi sorrir, um sorriso pequeno com um ar tão simples, ainda sim destacado mesmo com o brilho do olhar, não ofuscado.
Pedi um beijo seu, já sem vergonha alguma, tomada pelo álcool e entregue aos meus desejos.
Ainda sorrindo virou seu rosto de lado. A pele branca, as sardas, o meio sorriso, admirada pelo que via, o beijei.
Como em alguma vez anterior, não pude sentir e não posso lembrar. O beijo é o buraco em minha memória, mas seu semblante é fresco, quem sabe por estar em meus sonhos. O cheiro forte de rum, o pensamento lento depois de alguns tragos, me apagaram o que gostaria de lembrar.
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