Que seu ego não seja tão grande ao ponto de pensar que é sobre amores não correspondidos, ou lições da vida que você não me ensinou. Como sempre ou quase sempre, parece ser sobre outros mas é sobre mim.
Não é pra falar a respeito do seu beijo ou a falta que farão as conversas diárias, porque já deixando claro, isso não acontecerá, é apenas mais uma carta de encerramento sobre ciclos iguais, o desapego do ser e desencantamento.
Me é útil poder escrever algo para que pessoas desconhecidas possam me entender, o que me lembra que quem sabe textos aparentemente sem propósito, tivessem sido mais eficazes em fazer-te entender o que eu queria dizer. Não era querer brincar de casinha, mas até brincadeiras têm regras e é engano achar que elas podem ser ditadas, ensinadas, quando cada qual tem seus objetivos e estratégias desonestas.
Pode ser que seja um pouco sobre engano, ilusão, excesso de querer, mas suas desculpas mal contadas não convencem mais por algum motivo. Não são coisas aprendidas demais ou bons conselhos ouvidos, só o coração cansado de vícios que desencadeiam outros.
Melhor é o sabor amargo e sincero do cigarro, do que o doce dos teus lábios que mentem e depois sorriem, encantam e voltam a enganar. Ah se eu pudesse trocar minutos por tragos... Desassociaria teus sabores, desandaria caminhos, pegaria de volta cada beijo e chegaria mais cedo ao meu destino.
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