sexta-feira, 3 de março de 2017

Algumas Noites

  Algumas noites na calada, quando ninguém me vê ou ouve, me entrego sem pudor e te desejo.
  Como se pudesse te sentir, imagino tuas mãos me percorrendo e imediatamente com o arrepio do corpo, sinto o escorrer entre minhas pernas, com os olhos fechados te vejo em sonhos lúcidos, encostando devagar tua boca na minha, soluto em paixão.
  Quero eu sentir teu corpo nu sobre o meu, em movimentos tão rápidos quanto nossos batimentos cardíacos. Uma mistura do que deixaria de ser tesão para se tornar amor e suor.
  Tocando-me esqueço o tempo e passo a fazer ruídos altos, gemendo como se sua face estivesse tão próxima a minha para que pudesse ouvir-me.
  Te imagino penetrando-me rápido e forte, teu sopro me fazendo contorcer e seus olhos castanhos profundos como são, me contando o que se passa além do momento.
  Bom seria empinar-me na tua frente, totalmente despida, te sentindo a me apalpar, sentindo tua respiração em minha nuca e teus beijos delicados em meu pescoço. Que me desejasse como eu te desejo e persuadir cada canto do teu corpo a arrepiar, tendo seu sexo lambido e acariciado com cuidado, observar por cima a expressão de prazer, ao puxar meus cabelos e empurrar minha cabeça mais para perto.
  Acendo-me querendo arranhar teu pescoço e perder os dedos no emaranhado do teu cabelo suado, aspirando as orelhas tuas sendo aquecidas em minhas coxas, durante o tempo que me proporciona deleite com a língua, me tira o ar em ações rápidas e contínuas, mergulhados em êxtase.

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